A saída de dólares do Brasíl superou o ingresso da moeda norte-americana em US$ 3,4 bilhões na parcial do mês de junho, encerrada na última sexta-feira (16), informou o Banco Central.
Fuente: O Globo
   
No acumulado do ano, também até a última sexta, foi registrada entrada US$ 8,37 bilhões na economia brasileira. No mesmo período do ano passado, US$ 8,2 bilhões haviam sido retirados do país.
 
A saída de dólares favorece, em tese, a alta da moeda em relação ao real. Isso porque, com menos dólares no mercado, seu preço tenderia a subir.
 
Na parcial de junho, de fato, o dólar vem registrando alta. No fim de maio, a moeda norte-americana estava em R$ 3,23 e nesta quarta-feira (21), por volta das 12h40, foi cotada em R$ 3,32. Veja a cotação
 
Segundo analistas de mercado, além do fluxo de dólares, outros fatores influenciam a cotação da moeda dos Estados Unidos, como o cenário político interno e também externo, além da alta dos juros no país norte-americano, que tende a atrair capital para aquela economia.
 
Nesta terça-feira, o dólar avançou 1,4% depois da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitar o texto principal da reforma trabalhista, sinalizando que o governo do presidente Michel Temer pode estar com menos força política dentro do
Congresso Nacional. Nesta quarta (21), entretanto, a moeda norte-americana opera com pequenas variações.
 
Interferência do BC
 
Outro fator que influencia a cotação do dólar são as operações de swap cambial, que funcionam como uma venda futura de dólares, ou de "swaps reversos", que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro.
 
Nestas operações, o BC faz oferta de dólares para tentar controlar a cotação da moeda e impedir grandes oscilações. Além disso, essas operações servem para oferecer garantia (hedge) a empresas contra a valorização do moeda.
O Banco Central realiza nesta quarta mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais –equivalentes à venda futura de dólares – para rolagem dos contratos que vencem julho.