Antes responsável por 35,5% de toda a geração de energia do Brasil, agora participa com 31%.
Fuente: O Globo
  
Maior geradora de energia da América Latina, a Eletrobras vive uma situação financeira insustentável, fruto de má gestão e constante uso político. Em cinco dos últimos seis anos, registrou prejuízos bilionários. Quase R$ 30 bilhões em perdas apenas nesse período.
 
O declínio da empresa começou com a MP 579, editada em setembro de 2012 pela então presidente Dilma Rousseff, que impôs redução forçada da tarifa de energia para os consumidores.
 
A MP provocou prejuízos não só para a Eletrobras, mas para todo o sistema elétrico. A conta ainda está sendo paga pelos consumidores, sob a forma de aumento nas tarifas. E pode ser paga também pelos contribuintes, caso a Eletrobras não seja privatizada.
 
Sem caixa e com uma dívida bruta crescente, hoje na casa dos R$ 45 bilhões, a estatal teve de rever os investimentos e começou a perder relevância no setor.
 
Antes responsável por 35,5% de toda a geração de energia do Brasil, agora participa com 31%.
 
No ano passado, deixou escapar o posto de maior investidora no setor elétrico nacional para a francesa Engie, que alocou R$ 5,8 bilhões no país em 2017.
 
Além disso, teve de cortar em 45% a projeção de aportes entre 2018 e 2022 – para patamares bem inferiores aos vistos no passado recente.
 
Mas a estatal deixou aberta a possibilidade de aumentar os investimentos nos próximos anos caso a privatização da empresa seja bem sucedida.
 
O primeiro passo para a venda completa da companhia deve ser dado no próximo dia 26 de julho, quando estão previstos os leilões das seis distribuidoras que atuam no Norte e Nordeste do país.
 
Altamente problemáticas, essas subsidiárias acumulam dívidas de R$ 35 bilhões e precisam de investimentos urgentes.
 
Devem ser vendidas, cada uma, por míseros R$ 50 mil, conforme prevê o edital. Um valor irrisório para começar a limpar o balanço da holding.