Liliana Ayalde embaixadora dos EUA, disse que a eleição de Donald Trump não implicará em prejuízo para as relações comerciais entre os dois países. Ela participou de seminário na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), na capital paulista.
Fuente: TN Petróleo
   
“O interesse básico com os Estados Unidos em fazer parcerias não vai mudar, não importa quem esteja na Casa Branca”, disse. “Estou confiante de que continuaremos a aprofundar as relações [comerciais] com o novo presidente”, completou a embaixadora.
 
Liliana afirmou que eleições geram incertezas, e que o temor brasileiro com relação a possíveis mudanças é compreensível. “Precisamos buscar maneiras de estreitar vínculos econômicos e comerciais, o que tratá benefícios para os dois países e pode ajudar a tirar o Brasil da crise”. A embaixadora mostrou-se favorável às propostas de redução do Custo Brasil para tornar o país mais competitivo.
 
O comércio entre os dois países, segundo a embaixadora, movimenta 100 bilhões de dólares por ano, com perspectiva de crescimento nos próximos anos. As parcerias comerciais valorizadas pelo país norte-americano vão desde grandes empresas como Embraer a média e pequenas empresas. Liliana estima que o investimento dos Estados Unidos no Brasil gire em torno de 112 bilhões de dólares.
 
Hélio Magalhães, presidente do conselho de administração da Amcham, ressaltou que as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidas estiveram paralisadas por muitos anos. “Havia uma simpatia, mas nada de concreto era feito”, criticou. As novas perspectivas no Brasil, no entanto, devem acelerar os negócios, mesmo com a mudança presidencial nos Estados Unidos, na opinião de Hélio.
 
Turismo
 
Para a embaixadora, o intercâmbio educacional e o turismo entre os dois países também devem ser mantidos. “Temos que incentivar o maior número de turistas com mecanismos que facilitem as viagens nas duas direções”, disse.
 
Outro laço que deve se estreitado entre os países é na questão da segurança, de acordo com Liliana. Iniciativas como cooperação, troca de informações e o combate à lavagem de dinheiro são defendidos pela embaixadora.
 
“Vimos os atentados em Paris. Os terroristas não fazem distinção entre a nacionalidade das vítimas, com armas de destruição em massa. O Brasil é um forte e seguro parceiro na promoção da paz no mundo”, disse.