Fuente: O Globo
A Moody´s justificou a elevação da nota citando a redução do envidamento a estatal, a melhora do fluxo de caixa e o fortalecimento da governança corporativa.
Segundo a agência, a perspectiva estável incorpora a visão de que o perfil de crédito da empresa continuará a melhorar gradativamente, mas é contrabalanceada pela perspectiva negativa da nota do Brasil, atualmente em "Ba2", um degrau acima da nota da Petrobras.
A agência ressaltou que, até o momento neste ano, a Petrobras captou nos mercados de capitais US$ 19,2 bilhões, principalmente globais, em recursos que foram utilizados para refinanciar os vencimentos da dívida.
Além disso, a Moody's considerou que o fluxo de caixa da Petrobras se tornou mais previsível como resultado de preços relativamente estáveis do petróleo, uma política clara de preço do combustível doméstico desde o fim de 2016, redução dos custos operacionais e investimentos de capital disciplinados.
Apesar de ponderar que as prometidas vendas de ativos pela estatal caíram de ritmo em 2017, a Moody's destacou que os desinvestimentos são menos relevantes agora para a posição de liquidez da Petrobras do que há 12 meses, devido aos resultados positivos alcançados na dívida e no fluxo de caixa.
No entanto, segundo a agência, as classificações da Petrobras são limitadas por altos níveis de dívida, risco de execução do plano de negócios e, em menor medida, potencial impacto negativo de multas relacionadas à Lava Jato.
Perda do grau de investimento
No final de junho, a dívida líquida da Petrobras somou R$ 295,3 bilhões, ante R$ 300,9 bilhões no final de março e R$ 314 bilhões no final de 2016. Em dólares, o endividamento caiu 7% na comparação com dezembro, para US$ 89,26 bilhões no encerramento do 2º trimestre.
Essa é a segunda elevação da nota em 6 meses. Em abril, a Moody´s, elevou a nota da Petrobras de de "B2" para "B1".
A Petrobras perdeu o selo de boa pagadora na Moody's, em fevereiro de 2015 e, em fevereiro de 2016, foi rebaixada para o nível mais baixo do grau especulativo. Em outubro do ano passado, a agência elevou a nota da estatal em um nível, para "B2".