O secretário-executivo do Planejamento, Esteves Colnago, disse nesta sexta-feira (16) que o Brasil espera uma “aproximação mais forte” nas relações bilaterais entre o país e a China.
Fuente: O Globo
   
A declaração foi dada durante um encontro com empresários chineses na sede do Ministério do Planejamento em Brasília. A reunião acontece após a criação, no mês passado, do fundo de investimento Brasil-China, que conta com US$ 20 bilhões.
 
“Acho que falta um pouco mais de aproximação entre os governos, entre as áreas, para que aquilo [os investimentos] que a china já vem fazendo se torne mais corriqueiro, mais intenso do que já vem acontecendo”, declarou Colnago.
 
“A expectativa é essa de que haja uma aproximação mais forte entre os países”, completou.
 
Participaram do encontro, além de representantes dos governos brasileiro e chinês, 30 empresários chineses de vários setores, como financeiro, transportes, petróleo, telecomunicações, agronegócio e de engenharia civil e elétrica.
 
De acordo com Colnago, investidores chineses têm demonstrado interesse em projetos de infraestrutura, telecomunicações e em bancos brasileiros.
 
“A parceria [...] pode se dar tanto via financiamento, tanto com a compra de empresas, ou de projetos, quanto com vinda de especialistas para ajudar os nossos especialistas”, disse.
 
“Então você tem todo um conjunto, pode ser parceria público-privada, pode ser concessão, pode ter a compra direta de indústria, ou a criação de indústria, ou a compra de bancos, como os chineses já estão comprando, abrindo bancos no brasil, é um leque muito amplo”, acrescentou o secretário-executivo.
 
Ele declarou também que a expectativa é de que projetos apresentados ao conselho gestor do fundo de investimentos comecem a ser concretizados até 2018.
 
Colnago afirmou ainda que os chineses têm interesse no leilão da ferrovia norte-sul, anunciado na última terça-feira (13). O governo brasileiro espera arrecadar R$ 1,5 bilhão com a operação.
O embaixador chinês no Brasil, Li Jinzhang, afirmou que, desde 2009, a China é o principal parceiro do Brasil e acredita que o fundo entre os países vai ser um “catalisador” dos investimentos da China no país, com “menos riscos”.
 
Na mesma linha, o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, disse que o fundo, que, segundo ele, deve começar a funcionar nas próximas semanas, vai criar um ambiente “mais propício” para negócios entre Brasil e China, principalmente, na área de tecnologia.