Por outro lado, as empresas que participam da extração de gás e da reserva patagônica como a argentina YPF, a americana Chevron, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total se comprometaram a levar adiante “um processo virtuoso de investimentos”.
Fuente: O Globo
  
BUENOS AIRES - O presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou nesta terça-feira um novo convênio de trabalho no setor petroleiro para melhorar a competitividade e impulsionar os investimentos nos campos de petróleo e gás não convencional de Vaca Muerta, megacampo de 30.000 quilômetros quadrados que se estende sobre as províncias argentinas de Neuquén e Mendoza. A área é a segunda reserva do mundo em gás não convencional e a quarta em petróleo de xisto.
 
Macri disse que, a partir do acordo, os empresários se comprometeram a investir cerca de US$ 5 bilhões em Vaca Muerta neste primeiro ano e estimou que o montante "mais do que duplicará" nos anos seguintes. Segundo o presidente, o desenvolvimento do campo de Vaca Muerta "vai gerar uma revolução do emprego" no país.
 
— Estamos falando de US$ 5 bilhões nese primeiro ano que tem devem mais que duplicar nos próximos anos e sustentar-se durante muitos”, disse o presidente.
 
Macri destacou que participaram do acordo, que ele chamou de "histórico", autoridades, petroleiras e sindicatos que se comprometeram a promover o desenvolvimento de uma reserva-chave para a Argentina.
 
O convênio estabele que o Estado vai garantir um preço mínimo de compra aos produtores de gás. Além da assinatura do acordo, o governo anunciou que não prorrogará os impostos sobre as exportações de hidrocarbonetos, cuja aplicação venceu no sábado passado. As autoridades de Neuquén também se comprometeram “a participar junto à nação em um programa de investimento e desenvolvimento de infraestrutura” que incluirá estradas e ferrovias, afirmou Macri.
 
Por outro lado, as empresas que participam da extração de gás e da reserva patagônica como a argentina YPF, a americana Chevron, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total se comprometaram a levar adiante “um processo virtuoso de investimentos”.
 
Outro ponto do acordo foi a extensão do Plano Nacional de Gás, pelo qual se garante um determinado preço de compra às empresas que extraem o gás não convencional, além do preço de transação no mercado argentino.
 
O ministro argentino de Energia, Juan José Aranguren, sinalizou à imprensa que “Neuquén vai atrair mais gente para investir”. Ele explicou que o projeto – que, segundo analistas, ainda não conseguiu os investimentos esperados – “já está dando frutos”, pois, entre as 19 concessões outorgadas, “duas passaram da fase piloto e estão em desenvolvimento”. Com o acordo e o apoio de sindicatos, afirmou Aranguren, “esperamos que as outras se desenvolvam no mais tarde no final deste ano”.