Os preços do petróleo fecharam em alta de mais de 5% nesta terça-feira (15), recuperando-se de mínimas em vários meses diante das expectativas do mercado e que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) possa fechar no final deste mês um acordo para cortar a produção e reduzir um excesso de oferta global.
Fuente: G1
  
Nos EUA, o barril WTI fechou em forte alta de 5,75%, cotado a US$ 45,81, a maior alta diária desde o último mês de abril. Ao final do pregão na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros do WTI para entrega em dezembro subiram US$ 2,49 em relação ao fechamento de ontem, segundo a agência Efe.
 
 O petróleo Brent subiu 5,7% no mercado de futuros de Londres, cotado a US$ 46,95, no maior ganho percentual diário desde 28 de setembro.
 
 Ambos os contratos recuperaram-se de uma mínima de três meses atingida na segunda-feira.
 
 Um esboço do acordo entre os profutores foi fechado em setembro, mas as negociações para detalhá-lo estão se mostrando difíceis, segundo autoridades. Se for confirmado o corte na prosução, será o primeiro do gênero desde 2008.
 
 O secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, vai viajar para diversos países do grupo ao longo dos próximos dias, incluindo Irã e Venezuela, para discutir um acordo antes do encontro do grupo que acontece em Viena no dia 30 de novembro.
 
 O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, deve viajar nesta semana para Doha, capital do Catar, onde terá encontros com países produtores de petróleo, incluindo a Rússia, informa a Reuters.
 
 O sócio da Commodity Research Group, Andrew Lebow, disse à Reuters havia especuladores vendidos na crença de que a Opep não seria capaz de chegar a um acordo e que essas apostas foram pressionadas conforme um acerto entre os membros da Opep pareceu mais provável, o que explicou boa parte da alta nesta terça-feira.
 
 Os preços do petróleo despencaram em 2014 e seguem há mais de 1 ano abaixo de US$ 50 devido a uma oferta muito elevada, resultante do "boom" de hidrocarbonetos de xisto americanos e da estratégia da Opep de manter sua produção para não perder fatias de mercado.