Fuente: G1
"Continuaremos olhando as principais tendências e variáveis do mercado para que, assim que alguma variável se mostrar significativa novamente, poderemos decidir por novos reajustes", disse durante coletiva de imprensa sobre o anúncio feito na véspera.
A queda do preço do diesel será de 10,4% do e da gasolina, de 3,1%. A companhia estima que se esta redução for integralmente repassada nas bombas ao consumidor final, o preço do diesel pode cerca de R$ 0,20 por litro (-6,6%). Já a queda esperada nos preços da gasolina nos postos é de R$ 0,05 por litro (-1,3%).
De acordo com Celestino, as variáveis consideradas na análise da conjuntura do mercado foram, que levaram a petroleira a tomar tal decisão foram: preço do petróleo, participação no mercado e sazonalidade.
No caso do diesel, o preço sofreu essa forte redução em resposta à perda de participação no mercado. O diretor da estatal disse que houve grande importação do combustível, o que acabou forçando a empresa a diminuir o valor.
Nas bombas
Quando questionado sobre o repasse do reajuste ao consumidor, Celestino reiterou que a Petrobras não pode responder por isso. "As empresas também têm margens e custos inerentes às suas operações e a decisão de fazer os devidos reajustes são decisões empresariais de outras empresas do setor."
Esta foi a segunda redução nos preços dos combustíveis em nas refinarias em menos de um mês. Em 14 de outubro, a Petrobras baixou o diesel em 2,7% e a gasolina em 3,2%. Foi a primeira queda desde 2009.
O reajuste aplicado em outubro, no entanto, não foi repassado aos consumidores. A Petrobras havia estimado que o preço dos dois combustíveis nos postos seria reduzido em R$ 0,05. Duas semanas depois, o preço médio do litro da gasolina no país caiu menos de um centavo na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Pedro Parente chegou a classificar como "decepcionante" o fato da redução aplicada nos preços nas refinarias não ter se refletido nas bombas. O executivo ponderou que o mercado tem sua própria regulação de preços e que a Petrobras não poderia responder por isso.
Avaliação mensal de preços
Durante o anúncio do primeiro reajuste, feito em 14 de outubro, o diretor da estatal Pedro Parente esclareceu que a medida fazia parte da implantação de uma nova política de preços, definida pela diretoria executiva da empresa.
Na ocasião, Parente explicou que a nova política prevê a avaliação mensal dos preços praticados pela companhia, considerando o mercado internacional. "Pode-se esperar um maior número de reajustes. A expectativa é que a gente possa fazer uma avaliação mais rápida dos nossos preços", disse.
No comunicado do novo reajuste, a Petrobras enfatizou que a queda do preço para o consumidor final não é direta, e "dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis".